segunda-feira, 8 de junho de 2015

A quantidade de gigabytes cresceu: e agora onde vou guardar meus documentos?

08/06 - Adão Lopes* / InformaMídia


Uma empresa gera muita informação diariamente. São gigabytes e gigabytes de dados de importância variada. Pode ser um arquivo de rascunho, pouco importante, que será descartado no dia seguinte, ou pode ser um documento da empresa, como dados fiscais, contratos de clientes, fornecedores, funcionários, etc.

Dados tão importantes não podem ser deixados a mercê do acaso, da sorte ou do simples cuidado pessoal de cada funcionário.

Os gestores  sabem como os riscos são grandes com o acervo documental. Os menos técnicos entendem a necessidade de uma armazenagem segura, por questões administrativas, além de prezarem pelo fácil acesso a esses dados.

Antigamente havia enormes salas arquivos que guardavam pastas e mais pastas com todo o histórico da empresa. Até fazer uma limpeza era difícil, quem dirá achar dados com urgência. Funcionários, tempo, diversos recursos eram gastos em nome dessa tarefa, incluindo o espaço.

Quando o mundo se digitalizou, muitos dados se tornaram virtuais, e salas enormes se tornaram um HD simples e pequeno. Porém ainda havia um problema.

Um HD externo, pen drive, ou servidor pequeno, pode armazenar dados de uma empresa pequena, que gere pouca informação diária. Mas e quando o volume de dados é absurdo?

É nesse momento que outras soluções são propostas: o armazenamento em data centers ou em nuvem.

Para cada tipo de cliente há um quadro. Há aqueles que preferem uma solução ou outra, principalmente por tipo de negócio.

O armazenamento em data centers é feito através de grandes servidores dedicados apenas a guardar informações e duplicar dados. Geralmente esses servidores ficam em salas especiais com diversos dispositivos e métodos de segurança para evitar a entrada não autorizada de pessoas ou usuários, além de contar com proteção a adversidades do tempo e falhas técnicas.

Um bom exemplo disso é a falha que houve em um prédio da Apple na semana passada, onde os painéis solares, aparentemente, deram problema e incendiaram uma ala de data centers. Acha que os dados foram perdidos? Claro que não, é tudo duplicado e salvo em mais de uma localidade. A destruição parcial ou completa de um prédio data center de forma que todas as informações se percam, é algo que se restringe a ficções como Clube da Luta de Chuck Palahniuk.

O grande problema desse tipo de armazenagem é que a informação não está disponível o tempo inteiro para a empresa, ela fica segura, mas pouco acessível de forma rápida, apenas com um tempo maior, o que as vezes pode ser um problema.

O armazenamento em nuvem é feito através de máquinas virtuais, o que torna a inserção de mais espaço de armazenagem muito simples e rápida, pois há essa elasticidade do sistema de armazenagem. Os dados são salvos de forma mais rápida e são gerenciados, em sua segurança, através de criptografia. Claro que essa solução também tem seus pontos fortes e fracos.

Um grande banco tem informações que não precisa acessar o tempo inteiro, e por isso guarda em data centers. Na verdade não existe uma solução melhor, apenas uma necessidade diferente.

Outro ponto a ser analisado, além do “o que minha empresa precisa”, é o custo. Armazenar dados sai caro se não é feito de forma planejada para a necessidade específica de uma empresa. Não é todo mundo que pode pagar por uma sala cofre.

É por isso que existem negócios voltados a esse tipo de armazenagem. Os custos de local, cuidados, proteção e segurança digital se delegam a esse terceiro.

Há também soluções caseiras de armazenagem em nuvem, mas os riscos envolvidos são muito maiores, pois é necessário todo um trabalho de segurança da informação.

Uma solução interessante é a de empresas que tenham ambos os tipos de armazenagem, feitos de forma profissional, com uma análise voltada ao tipo de necessidade do cliente, e também contendo uma solução de interface que proporcione um acesso simples e rápido do cliente, a seus dados, além de poder ser utilizada junto a plataformas de armazenamento, que não são proprietárias.

A conclusão é que a informação sempre tem custos, afinal, geralmente ela tem grande poder para trazer ganhos. Assim sendo, é importante demais armazenar seus dados de forma segura e de fácil acesso. Acidentes acontecem, mas hoje em dia já existem meios para se lidar com esse tipo de problema.

Adão Lopes é mestre em tecnologia e negócios eletrônicos e CEO da Varitus Brasil.

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