sexta-feira, 4 de novembro de 2016

IV Congresso InovaEduca 3.0

04/11 - Printec Comunicação


Com a proposta de repensar a atual forma de educar e projetar um futuro em que professores e alunos criem, inovem e adquiram conhecimento juntos, será realizado em São Paulo o IV Congresso InovaEduca 3.0, entre 7 e 9 de novembro, no Museu da Imagem e do Som (MIS). Em linha com o objetivo do congresso, de “apresentar experiências inovadoras de educadores que usam a tecnologia como facilitador dos processos de ensino e aprendizagem”, a Guten Educação e Tecnologia, empresa especialista em leitura com foco no desenvolvimento da compreensão leitora, realizará palestra e workshop.

No dia 8 de novembro, às 9h10, Danielle Brants, fundadora e CEO da Guten, apresentará a palestra “Contextualização, interdisciplinaridade e personalização do ensino – estudos de caso com o uso da tecnologia”, com cases de escolas que têm utilizado metodologias inovadoras para promover a contextualização do ensino de forma interdisciplinar, além da possibilidade de identificar lacunas de aprendizagem individuais e possibilidades de intervenções personalizadas. Discutirá também, com base em exemplos reais, como a mediação do professor e as parcerias entre as diversas áreas de conhecimento adquirem papel de extrema relevância nesse contexto. Destacará ainda os resultados dessas práticas, sob o ponto de vista da aprendizagem.

No dia 9 de novembro, às 14h, Danielle Brants e Letícia Reina, gestora pedagógica da Guten, conduzirão o workshop digital “Contextualização, interdisciplinaridade e personalização do ensino – aplicações práticas com o uso da tecnologia”. A equipe da Guten e os educadores participantes realizarão uma inédita sequência de atividades que promovem o trabalho contextualizado de conteúdos em sala de aula, de forma interdisciplinar, e com devolutivas imediatas de desempenho facilitadas pelo uso da tecnologia. “De forma dinâmica e divertida, vamos vivenciar práticas com a interação e feedback dos envolvidos, em um processo coletivo de construção de conhecimento”, diz Danielle.

Para engajar os estudantes jovens na leitura, a Guten – empresa que tem a missão de transformar estudantes em leitores proficientes e engajados – criou o Guten News, plataforma de leitura que, a cada semana, leva o mundo das atualidades para dentro de casa e das escolas, com conteúdos prazerosos, linguagem adequada ao público infantojuvenil e monitoramento da aprendizagem. Na missão de investir no letramento, a Guten já conquistou muitos educadores: 60 escolas adotam a plataforma de leitura Guten no país, com mais de 20 mil usuários. “Com o acesso cada vez maior dos jovens a novas mídias e informações, as escolas estão buscando novas soluções”, diz Danielle.

Um bom nível de letramento só é possível, na visão da Guten, quando o leitor de fato domina a leitura, com competências que permitem com que tenha uma boa compreensão e interpretação dos textos, seja capaz de fazer conexões com outros conhecimentos, faça inferências e possa distinguir fatos de opinião, entre outras habilidades. Como o nível de letramento no Brasil é insatisfatório, há um forte efeito multiplicador negativo, uma vez que a leitura é uma competência fundamental ao bom aproveitamento de todas as disciplinas e fontes de conhecimento: 50% da deficiência em matemática, por exemplo, está ligada à leitura porque os estudantes não compreendem o enunciado das questões.

De acordo com dados de 2012 do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), o desempenho em leitura dos estudantes brasileiros sinaliza para um grau de aprendizagem insuficiente. O Brasil ficou 86 pontos abaixo da média dos países que participam da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE- idealizadora do Pisa), assumindo o 55º lugar dentre 76 países: 50% dos estudantes com 15 anos de idade não atingem o nível básico em leitura e apenas 0,5% alcançam o nível máximo de proficiência.

Além disso, os resultados obtidos por meio da Prova Brasil (Avaliação Nacional do Rendimento Escolar) revelam que, ao longo da vida escolar, há uma piora no nível de leitura dos estudantes: no quinto ano do ensino fundamental, 60% dos alunos têm aprendizado inadequado da leitura; e, no nono ano –  quando se espera que esse índice seja menor – essa taxa atinge 77% dos alunos.

Danielle Brants
Administradora de empresas pela Fundação Getulio Vargas, Danielle Brants percorreu uma bem-sucedida carreira na área financeira em empresas como Morgan Stanley & Co, G5 Advisors / Evercore Partners e General Electric. Mas tinha um sonho que a fez mudar de rumo: queria investir seu talento em algo realmente transformador. Decidiu então tornar-se empreendedora e criou a Guten Educação e Tecnologia, na certeza de que a transformação do país passa essencialmente pela educação e, mais especificamente, pelo poder transformador da leitura.

Foi assim que surgiu a Guten, fundada em 2014 por Danielle com a missão de transformar estudantes em leitores proficientes e engajados. A iniciativa foi um dos projetos vencedores da edição brasileira do prêmio Inovadores com Menos de 35 Anos, da revista MIT Technology Review, que reconheceu as dez maiores inovações do Brasil em 2015. No mesmo ano, foi selecionada também como Inovação Social do Ano pela mesma publicação. A publicação pertence ao Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) que é considerado uma referência mundial na descoberta de talentos que usam a tecnologia para resolver problemas sociais.

“Acredito no poder transformador da leitura desde pequena, a partir inclusive da história de meu pai, imigrante alemão que não foi aceito em escolas brasileiras por conta da língua, mas aperfeiçoou-se na leitura e, autodidata, tornou-se poliglota e executivo bem-sucedido de empresas”, afirma Danielle.

Letícia Reina
Especialista em leitura e gestora pedagógica da Guten, Letícia Reina é mestre em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem pela PUC-SP. Tem como foco de atuação e estudo as práticas de leitura e escrita em sala de aula. Com base em uma perspectiva discursiva de texto e socioconstrutivista de conhecimento, acredita na leitura como instrumento de transformação e desenvolvimento do pensamento crítico.

Com experiência de 25 anos em escolas públicas e particulares, atuou como formadora de professores alfabetizadores e de educadores que trabalham com leitura e produção nas diferentes áreas. Atuou como Coordenadora Pedagógica e Orientadora Educacional do Ensino Fundamental I e II em escolas privadas na cidade de São Paulo. E como professora EAD no curso de pós-graduação de Docência no Ensino Técnico, no SENAC. Participou ainda da elaboração de material didático para Editora FTD.

IV Congresso InovaEduca 3.0
Práticas inovadoras na educação
De 7 a 9 de novembro de 2016, das 9h às 18h
MIS – Museu da Imagem e do Som, av. Europa, 158, São Paulo (SP)

Palestra de Danielle Brants
Contextualização, interdisciplinaridade e personalização do ensino – estudos de caso com o uso da tecnologia
8 de novembro, das 9h10 às 9h40

Workshop com Danielle Brants e Letícia Reina
Contextualização, interdisciplinaridade e personalização do ensino – aplicações práticas com o uso da tecnologia
9 de novembro, das 14h às 15h40

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