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segunda-feira, 24 de julho de 2017

O que administrará o administrador na era do SDN?

24/07 - HardSoft
 
O gerenciamento de redes sempre foi uma tarefa complexa, sobretudo quando feito em escala industrial. Trata-se de um trabalho altamente específico, que demanda dedicação dos envolvidos e gera custos. Durante muito tempo a comunidade de TI esperou por uma tecnologia que chegaria para simplificar a administração de redes, e quando ela chegou, os sentimentos se tornaram difusos. Primeiro houve a esperança, depois a negação e, por fim, o medo. Afinal, ao automatizar uma rede, para onde iriam os profissionais que a faziam?

Todo o receio gerado pela evolução das redes definidas por software tem origem no caráter único da profissão de administrador de redes. Até hoje, não são raras as situações em que eles são vistos como super-heróis da TI, acionados quando nenhuma outra solução parece possível. Enquanto profissionais de outras divisões da tecnologia - como os administradores de servidor - se viam ameaçados por virtualizações e automações que teoricamente poriam em xeque o valor de seus conhecimentos, os gestores de rede seguiam intocáveis.

Agora chegou a hora de mudar, e esse movimento não tem volta. O IDC prevê uma taxa de crescimento de mais de 89% no mercado de redes definidas por software até o final de 2018. Diante disso, é preciso compreender a rede como o ponto de partida para tudo. O SDN chega não para substituir o profissional, mas para impulsionar a rede, orquestrando suas funções com as aplicações e enriquecendo o serviço, o que impactará diretamente na eficiência de um negócio. O especialista de rede segue sendo necessário, pois é ele quem compreende toda a infraestrutura do que é a razão de ser para o funcionamento de todos os outros elementos da TI. Sem rede, não há nuvem, por exemplo.

Um olhar superficial sobre a questão pode levar a crer que, se a rede é gerida por um software, bastaria um programador para mantê-la funcionando. Mas é o administrador de redes quem conhece o sistema legado, que não deixará de existir. Entretanto, esse fato não deve deixar os especialistas de redes muito confortáveis.  A palavra de ordem, no momento, é atualização.

Administradores devem assumir um papel de liderança diante de suas redes, sejam elas virtualizadas, definidas por software, ou de qualquer outra forma. A rede existe para habilitar o negócio, portanto, é preciso priorizar a performance das aplicações. O administrador de rede bem-sucedido será aquele que usar todas as ferramentas à sua disposição para garantir que isso aconteça.

O SDN e seus conceitos estão mudando a rede e a TI. Os profissionais da área também precisam mudar. Não são os postos de trabalho que vão desaparecer, e sim uma nova consciência que irá surgir. A próxima era da rede exigirá uma compreensão cada vez maior do papel da infraestrutura, o domínio do conjunto de ferramentas profissionais, que vive em constante evolução, e a sua gestão, de natureza cada vez mais colaborativa. O passo mais decisivo para o futuro do administrador de redes, será conseguir administrar a si mesmo.

*Felipe Stutz, diretor de negócios e soluções de conectividade da Orange Business Services para América Latina

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terça-feira, 11 de julho de 2017

Redes híbridas: como a conectividade impacta empresas globais

11/07 - HardSoft


De grandes varejistas mundiais a organizações como a Cruz Vermelha, a conectividade traz uma transformação cultural na forma de se trabalhar

Qual é o segredo das redes de varejo para fazer funcionar uma cadeia de centenas de lojas conectadas mundo afora? Ou de uma instituição global como a Cruz Vermelha, que leva atendimento médico às zonas de guerra de mais difícil acesso do planeta? Parte dele é baseado na comunicação fluida, constante e efetiva entre diferentes estabelecimentos e escritórios, independentemente da posição geográfica.

Para que haja comunicação, é necessária uma infraestrutura que faça a ponte entre as unidades. Mais do que uma mudança de paradigma nos negócios, a conectividade traz uma transformação cultural na forma de se trabalhar: em poucos cliques, por meio de uma ligação ou chat, pode-se vender e adquirir produtos e serviços e estreitar o relacionamento entre empresas e clientes, ou colaboradores de uma mesma companhia que trabalham a quilômetros de distância.

Mas se antes ter um telefone e conexão à internet para enviar e-mails era o bastante, uma interação em nível global demanda formas mais abrangentes e rápidas de conexão, que vão de soluções de voz, telefonia IP, áudio e vídeo conferências, até cloud computing e rede privada virtual (VPN).

Essa complexidade exige uma infraestrutura que responda à altura e que seja flexível para permitir conectividade em qualquer lugar, sem que haja uma explosão nos custos. Nesse contexto surgem as redes híbridas, que combinam ambientes de conectividade e infraestrutura privada de TI, serviços na nuvem e tráfego corporativo via internet. Aqui, vale um adendo: no passado, a prática entre as companhias era a de criar redes virtuais privadas e manter servidores dedicados, com o intuito de manter a segurança da informação. Contudo, essa estratégia preventiva não é mais necessária: se o ambiente híbrido for controlado por diferentes camadas de segurança, estará protegido contra invasões ou roubo de dados. 

A ideia é criar mecanismos de comunicação entre colaboradores, clientes e fornecedores por meio das comunicações unificadas de voz, áudio, vídeo e IP, e acesso a aplicativos na rede privada ou na nuvem, independente de onde essa comunicação seja necessária. A Cruz Vermelha, citada no início deste artigo, é um exemplo. A dificuldade de manter redes de conexão de maior alcance no Afeganistão, Iraque e Somália chegou ao fim quando a organização apostou em um serviço de rede gerenciada para 270 localidades, com 440 conexões em 99 países, sendo a maioria na África e no Oriente Médio, através de um mix de acessos terrestres, via satélite e internet.

Se a expansão de qualquer empresa está baseada na capacidade de se comunicar com outros mercados, conectividade deve ser elemento-chave dessa transformação, e abordagens deste tipo funcionam para qualquer tipo de atividade que a companhia exerça.

*Felipe Stutz é diretor de desenvolvimento de negócios Latam e negócios de conectividade da Orange Business Services

Por About.com