24/02 - Crea-RJ
O trabalho será feito através da parceria entre empresas, Crea-RJ, Secretaria de Conservação e Secretaria de Tecnologia do Estado
A revitalização dos espaços públicos vem ganhando força nas grandes metrópoles. Na cidade do Rio de Janeiro, diversas praças e parques passaram por uma repaginada no visual e, hoje, chamam atenção não apenas pela beleza, mas pelas opções de lazer que oferecem aos visitantes. Parque Madureira, Porto Maravilha e, agora, a Praça Tiradentes são alguns dos exemplos. Mas a ideia final não é apenas deixar esses espaços mais bonitos, e sim oferecer à população acesso as novas tecnologias e formas de lazer. E não é à toa. Por conta da importância da inclusão digital nesses ambientes, foi criado o comitê "Praças Inteligentes", durante o 1º Fórum de Engenharia, Tecnologia e Inovação, promovido pelo Crea-RJ, órgão que regula toda a atividade produtiva da engenharia no estado do Rio de Janeiro. Paulo Duarte, presidente do comitê e diretor executivo da PD7 Technology, criou o projeto em parceria com o engenheiro eletricista Júlio Ribeiro, e acredita que essa mudança é de extrema importância para sociedade. “Podemos transformar, através da inclusão de novas tecnologias e bens que podem ser revertidos para a população de todas as idades, trazendo mais atratividade, conectividade e inclusão digital, acarretando melhorias de uma forma geral para aquele pequeno bairro e transformar o Rio de Janeiro numa cidade inteligente”, pontua Paulo.
O projeto “Praças Inteligentes” dará a possibilidade de uma pessoa acessar a internet do seu notebook, tablet ou até mesmo celular, através de uma rede sem fio. O paisagismo e a vegetação também serão elaborados de maneira atrativa e que conversem com a história do bairro onde está localizada a praça. A segurança não pode ficar de fora. O projeto prevê a presença integral de viaturas da polícia e a instalação de câmeras, que serão monitoradas diretamente pelo Centro de Controle da Prefeitura. Além disso, a iluminação será de led com alimentação fotovoltaica com o objetivo de nunca deixar os usuários na mão. A tela digital será uma surpresa a parte. Através dela, serão transmitidos jogos de futebol e até mesmo filmes. Paulo Duarte acredita que essa iniciativa trará um legado para cidade muito maior do que se imagina. “Uma cidade inteligente cria espaços inteligentes de integração social. E nesse caso, há participação das empresas privadas e do poder público”, revela Paulo.
Mas onde entram as empresas privadas? Segundo Paulo, a ideia é oferecer esses espaços para as grandes corporações, proporcionando um mix de privatização, marketing e publicidade. “Temos como objetivo despertar o setor privado e liberar o setor público, trabalhando a parceria entre empresas, Crea-RJ, Secretaria de Conservação e Secretaria de Tecnologia do estado”. Nesse caso, uma empresa “x” assumiria a praça “y” por um ano, mas estaria pautada através das duas secretarias atuantes.
Responsabilidade Social
O projeto “Praças Inteligentes” oferecerá à população um conceito de segurança e tecnologia, mas sem esquecer os moradores de rua, profissionais do entorno e qualquer pessoa que utilize o local e se sinta a margem da sociedade. “Temos uma responsabilidade social por trás do projeto, pois a praça é um espaço público. Nosso objetivo é levar até essas pessoas uma alternativa, uma chance ou até mesmo uma oportunidade na empresa que está assumindo a praça. Faremos parcerias com igrejas e instituições que possam auxiliar nessa reintegração social”, explica o coordenador do comitê e idealizador do projeto.
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